sábado, 3 de agosto de 2013

TEORIA PARA QUE?




Quando comecei meus estudos musicais no conservatório, eu tinha que fazer as aulas de teoria, ficava imaginando por que eu tinha que aprender aquilo tudo. Escalas, intervalos, série harmônica e tudo mais.
Me senti novamente no ginásio, aprendendo equação do segundo grau, sem ter a mínima ideia para que servia aquilo.
Mas como tomei gosto por essa tal de teoria, me dei bem e acabei me aplicando mais parte do que na prática instrumental. Embora participasse da banda e da orquestra do conservatório, tinha bastante dificuldade, principalmente na banda, pois as partituras exigiam uma leitura rápida e uma técnica de execução mais ágil.
Resultado:  Me formei no conservatório, em Clarinete, e como queria seguir o estuda da música resolvi prestar o vestibular para entrar na UNESP. Ao invés de me inscrever para INSTRUMENTO, devido ao meu amor e dedicação à parte teórica, resolvi tentar entrar em COMPOSIÇÃO E REGÊNCIA!!
Muita pretensão, segundo alguns colegas!!
E não é que eu passei!



Comecei a faculdade no ano seguinte à minha formatura, e obviamente, as matérias eram todas teóricas. Para mim, uma alegria. A regência só viria no 3o. ano.
Como formado, eu era sempre convidado a participar da banda e da orquestra, porém, acabei me afastando durante um tempo, quase o ano todo. Por insistência do Diretor (querido e saudoso Sr. Manfredo), acabei voltando no final do ano, já preparando para a formatura do ano seguinte.
No sábado em que fui para o ensaio, me senti um tanto nervoso, pois nunca mais tinha tocado e estava mais enferrujado do que já era.  Porém, para minha surpresa, quando comecei a tocar, a leitura fluiu fácil, as chaves pareciam mais leves, toquei sem a menor dificuldade.
Não entendi nada. Como podia ser tão fácil se não estudava há meses.
Comentei com o Sergio Burgani, professor de clarinete da UNESP naquela época e ele me explicou que era fácil de entender. O fato de eu ter me aprofundado no estudo da teoria abriu meu campo de visão em todos os sentidos, de leitura, de técnica e de interpretação.
E de fato passei a perceber isso. Aí sim, depois de tantos anos entendi a importância do estudo da teoria. A teoria fornece ao instrumentista a base que ele necessita para ler a peça e executá-la corretamente na fase de estudo (principiantes), acrescentar as técnicas durante a evolução do seu estudo e finalmente a interpretação correta e exata quando chega a um nível mais elevado.


Por exemplo, o Pour Elise, de Beethoven. Esta peça é estudada desde os primeiros anos de piano, em que os estudantes tem dificuldades técnicas, de leitura e de execução. Com o conhecimento de teoria ele não terá dificuldade executar corretamente cada compasso. Porém, ele vai evoluindo no estudo de técnicas que vão permitindo a ele uma execução mais aprimorada. Mas, quanto mais conhecimento teórico ele tiver, mais perfeita será sua execução, pois não tendo mais dificuldades técnicas ele poderá interpretar um determinado acorde com perfeição, frases com a expressão correta, cadências harmônicas com precisão, modulações com clareza, enfim, extrair da peça toda beleza que o compositor idealizou. Vejamos quão perfeita é a execução desta peça nas mãos de pianistas renomados que dão a ela uma intensidade e uma beleza ímpar.
Por isso, sugiro um esforço de todo o estudante de música no sentido de se dedicar ao estudo teórico, por que isso vai produzir um resultado fantástico na sua vida de instrumentista.


 Texto enviado por nosso Maestro e professor de teoria e sopro - Edson Galioni da Silva
Espaço Musical Viva Arte 2013




quarta-feira, 24 de julho de 2013

Círculo das quintas


O círculo de quintas é um espaço geométrico circular que descreve as relações entre as doze notas da escala cromática detemperamento igual.

Se começar numa nota qualquer da escala e se se for ascendendo sucessivamente por intervalos de quinta perfeita (usando o temperamento igual), acaba-se sempre por chegar a uma nota igual, depois de se ter passado por todos as outras notas da escala cromática. Como o espaço é circular, é também possível seguir a sucessão em sentido contrário, subtraindo intervalos de quinta perfeita. Nesse caso, obtemos uma sucessão de intervalos de quarta. Por essa razão, o círculo de quintas é também conhecido pelo nome de círculo de quartas.


Se usarmos quintas perfeitas naturais, o espaço deixa de ser circular. Ou seja, ascendendo sucessivamente por intervalos de quinta perfeita, não chegamos exactamente a uma nota igual. Isto tem que ver com o facto de que 3n=2m, nunca se verifica para n e m inteiros. Ou seja, afinando usando intervalos de quinta (que correspondem a um factor 3n ou 3n/2k entre frequências) nunca podemos obter oitavas perfeitas (que correspondem a um factor 2m).
Como se pode ver, em vez de um dó uma oitava acima, obtemos um Si♯ que dista 1223,46 cent de dó, em vez de distar 1200 cent. É a essa diferença de -23,46 cent que se chama a coma ditónica (ou pitagórica). A história dos sistemas de temperamentos roda em volta de vários esquemas de alteração dos intervalos de quinta de modo a que o ciclo de quintas resulte num intervalo de oitava, tentando obter o máximo número de intervalos o mais perto dos naturais que for possível.

Na escala pitagórica, usavam-se exactamente estes intervalos, resultando num ciclo de 11 quintas perfeitas: Mi - Si - Fá - Dó - Sol - Ré - Lá - Mi - Si - Fá♯ - Dó♯ - Sol♯. A 12.ª quinta usada era (sol♯ - Mi), para fechar o círculo. Esta quinta correspondia a um intervalo de 678,485 cent, em vez de 701,9 cent, ou seja, absorvia toda a coma ditónica e ficava dissonante, «uivando» como um lobo. Por isso se chamava a "quinta do lobo". Note que na escala pitagórica, as notas enarmônicas distam da coma pitagórica. Os sustenidos são mais agudos do que os bemóis correspondentes (por exemplo, Fá♯ é uma nota mais aguda do que Sol). Na escala de temperamento igual, as quintas perfeitas não são naturais, sendo todas encurtadas de 701,9 cent, para 700 cent, ficando ligeiramente desafinadas em relação ao terceiro harmónico da nota fundamental.

A memorização do ciclo de quintas, e consequentemente as notas ou graus que estão perto uns dos outros, permite que se possa harmonizar, improvisar e analisar melhor os trechos de uma música. Por exemplo, uma cadência típica na harmonia tradicional seria: Dó maior - Ré menor 7 - Sol 7 - Dó maior: repare-se como as notas ou graus dos acordes seguem o ciclo de quintas no sentido anti-horário O ciclo de quinta nos mostra quais notas são mais próximas ou que soam mais consonantes com a nota em que estamos. Um acorde de dó (C) maior se parece muito com um acorde de Fá ou de Sol, sendo assim em alguns casos podemos substituir um pelo outro.
Fonte: Wikipédia/ 2013
Enviado pela professora Anete Fernandes.

segunda-feira, 10 de junho de 2013

CURIOSIDADES: O PIANO


O PIANO

     O piano é muito conhecido hoje em dia por ter sido o principal instrumento usado por importantes músicos da história como Mozart e Beethoven. O piano, para surpresa de muitos é um instrumento musical de cordas.
     O piano precisa ser afinado uma vez por ano. Quando o uso é diário deve ser afinados a cada seis meses ou menos.
     É um instrumento amplamente utilizado na música ocidental, no jazz, para a performance solo e para acompanhamento. E também muito popular como um auxilio para compor.
Mozart e Beethoven ampliaram as potencialidades do piano, abrindo caminho para os expoentes do Romantismo. No século xx, atingiu o apogeu de sua popularidade, com Schubert, Schumann, Chopin e Liszt.
    Tratado geralmente como instrumento solista, também foi empregado em música de câmara.

Pesquisa by Alessandra Mega Ruhland




sábado, 18 de maio de 2013

Hoje culinária musical!!! bolachinhas...


Hoje aula de culinária musical no Espaço Musical Viva Arte com a nutricionista Juliana Queiroz
Bolachinhas musicais para as mamães, que delícia!!!
E para completar o dia, uma música em homenagem as mães:

https://www.youtube.com/watch?v=Aq14FDmvBEU

quarta-feira, 15 de maio de 2013

Curso de capacitação para educadores!


Garanta já a sua vaga para para o melhor curso de capacitação de educadores de São Paulo!



Temos cursos extras para complementar o currículo do educador de forma eficaz e completa!




Novo site do Espaço Musical Viva Arte!!!




Agora sim site no ar...eba!!!!

Visitem: www.espacovivaarte.com.br

e o nosso blog kids: www.espacovivaartebykids.blogspot.com







domingo, 12 de maio de 2013

NOVO BLOG BY KIDS


Olá pessoal, devido a muitos pedidos, criamos um blog infantil.

www.espacovivaartebykids.blogspot.com

Toda semana textos, fotos, planos de aula e muitas informações sobre o pequenos.
Visitem e deixem seu comentário.

Um texto para reflexão, da amiga Enny Parejo.
Não deixem de ler:
http://ennyparejo.com.br/wp-content/uploads/2010/05/ARTIGO_I_Uma_educacao_musical_para_o_III_milenio.pdf


domingo, 14 de abril de 2013

Quatro Pilares da Musicalização Infantil

               



Os diversos aspectos da educação musical devem levar em consideração os estágios de desenvolvimento da personalidade. Cada um dos principais educadores musicais desenvolveu um trabalho com características específicas, voltado para objetivos próprios.
Assim como não devemos estudar somente um filósofo em filosofia, um só educador na pedagogia, não devemos tocar obras de um único período histórico ou compositor – não devemos estudar somente um método de musicalização. Podemos e devemos nos especializar mais em algum tema ou autor, corrente, ou metodologia, mas devemos considerar as demais para completar as nossas próprias experiências.
Durante esses 15 anos trabalhando na educação musical, acredito que a união dos mais importantes educadores musicais do século XX, é o que funciona hoje para formarmos músicos completos, que acima de tudo, amem a música e possam expressar seus sentimentos através dela, afinal uma das definições para música - é a arte de manifestar os diversos afetos da nossa alma através do som.
As abordagens e objetivos específicos do ensino musical de cada educador definimos como “Pilares da Musicalização”. São eles:


 Música: percepção, ritmo e corpo - Educadores – Emile Jacques Dalcroze e Edgar Willens

Música: manifestação cultural - Educadores – Carl Orff e Zoltan Kodály

Música: escrita e improvisação - Educadores: Kodály, Orff, Willens e Dalcroze

Música: cantar e tocar - Educadores: Shinichi Suzuki e Kodály

Educadores Musicais:

- Émile Jacques Dalcroze (Suiça, 1865-1950) – trabalha a musicalização com o corpo. É conhecido por desenvolver a Euritmia – resposta do corpo a música. Antes de tocar, você precisa sentir, viver a música para depois passá-la para o instrumento.

- Edgar Willems (Bélgica 1890-1978) – queria que seus alunos amassem a música antes de praticá-la, ele busca a sensibilidade auditiva, primeiro o aluno precisa aprender a ouvir a música como um todo. Sua pedagogia prega uma educação musical mais viva e mais humana. Principal objetivo é trabalhar a percepção auditiva.

- Carl Orff (Alemanha 1895-1982) – Traz para a Alemanha as manifestações culturais (Folclore) de vários países e faz com que seus alunos improvisem sobre diversos temas. Trabalha em toda parte prática a melodia – letra e canto e depois a pulsação da música marcando ritmos com movimentos ou danças. Trabalha principalmente o improviso corporal – percussão corporal – improvisações rítmicas e depois melódicas.

- Zoltan Kodály (Hungria 1882-1967) – Resgata todo o folclore húngaro, que estava se perdendo por seu país e o utiliza como principal fonte de inspiração para a alfabetização. Ele baseia todo seu método no canto, porque afirma que nosso principal instrumento é a voz. Ele segue os princípios dos demais educadores, mas o foco principal de seu trabalho é o canto, e diz que para o músico ser completo precisa cantar. Ele é o educador musical que mais se preocupa com a escrita musical nessa fase de alfabetização das crianças.

segunda-feira, 4 de março de 2013

Primeiro encontro de educadores musicais da zona leste!!!!


Genteeeeeee, olha que notícia maravilhosaaaa!!! 


Nos dias 27 e 28/04 teremos o primeiro encontro de educadores musicais aqui na zona leste. Já confirmada para o dia 28/04 nos agraciando com sua presença e conhecimento Enny Parejo com Musicalização para Bebês. 
Os interessados enviar nome completo e telefone para diretoriavivaarte@gmail.com que retornaremos com as informações. bjokas e viva la música!!!

quarta-feira, 2 de janeiro de 2013

AUMENTANDO A EQUIPE DO ESPAÇO MUSICAL VIVA ARTE!!!


Ano novo, vida nova, escola nova (reformada...kkk). Devido a grande demanda precisamos aumentar a equipe urgente !!!
Estamos procurando professoras para as aulas de musicalização infantil, professoras titulares e auxiliares, damos todo o treinamento necessário. As interessadas deverão entrar em contato por e-mail: diretoriavivaarte@gmail.com também para receberem maiores informações. Se você gosta de crianças, tem paciência e gosta de música, estamos aguardando os contatos e desde já sejam bem-vindas a nossa escola e nossa equipe.


Alguns requisitos básicos para a professora de musicalização infantil:


Apesar do treinamento que damos aqui no Espaço Viva Arte, é necessário que a professora tenha conhecimento musical, pode ser o básico, mas precisa saber tocar um instrumento e ser afinada para cantar.

Fazer e seguir o planejamento de cada aula. Escrever o material a ser usado, como será feita a atividade e os objetivos a serem atingidos.  É muito importante para não perder o foco da aula. É normal acontecer da aula tomar outra forma, e algumas atividades que estavam planejadas não serem feitas, isto ocorre muitas vezes devido ao tempo, ou ao rumo em que a aula toma, mas tendo o planejamento você se sente mais seguro e confiante para saber o que está fazendo e o que deseja alcançar.

Iniciar a aula sempre com uma música de boas vindas falando sempre o nome da criança, explique que a partir daquele momento as regras são da aula de música e quem está no comando é você! As crianças precisam ter uma rotina nas aulas.

Não deixe de participar da aula. Dance, cante, deite no chão, pule! Não se esqueça que você é o espelho delas.

E no final de toda aula, faça um pequeno relaxamento, pois as crianças ficam agitadas durante a aula de música, e assim, você as acalma e o professor consegue continuar com as atividades normalmente. 

Bem algumas dicas ai pra vocês, o restante é aqui no Espaço Viva Arte com o curso de formação para professores de musicalização.